O que aqui se faz...

Diz o ditado que o que aqui se faz, aqui se paga.

Esta é mais uma história sobre o tio Patinhas.
Durante as negociações para compra da casa, ele nos disse que poderíamos utilizar o terreno, piscina e churrasqueira, se fizéssemos a manutenção.
A princípio não havíamos pensado nisso, mas nos pareceu à época uma boa alternativa.
No dia da assinatura do contrato descobrimos que ele mudara de idéia: além da manutenção (limpeza, conservação etc.) ele queria que pagássemos também o IPTU e o condomínio.
Aí era demais... tudo para ele não dava... a resposta foi imediata: pode ficar com a piscina, churrasqueira e terreno.

Poucos dias depois de entrarmos na casa, desligamos a energia elétrica que alimentava a bomba da piscina, pois o tio Patinhas não quis um acordo bom para ambos os lados.

Ele chamou a concessionária de energia elétrica, colocou um medidor para ele e coltou a tratar a água da piscina.

Nesta semana, ele apareceu com uma pessoa, pois estava inconformado com a conta de luz do terreno. A Pri o ouviu discutindo com o(a) pobre do(a) atendente da concessionária. Ele bradava: "como é que vocês me cobram 265 kW? Eu só tenho uma bomba ligada!"

Como o tio Patinhas não tem a mínima noção sobre bombas, não sabe que não há como ele reduzir o valor da conta de luz (aprox. R$ 100,00/mês), pois:
- uma bomba de recirculação de piscina é de normalmente 1 cv e consome 740 W/h.
- ele tem um "timer" que coloca a bomba em funcionamento por 12 horas por dia.
Ora, 740 W/h * 12 h/dia * 30 dias/mês = 266,4 kW/mês..........

Dizem que em tudo quer, tudo perde, o egoísta e avarento não quis acordo, agora além do IPTU e condomínio, tem que pagar aprox. 100 reais por mês para manter a ágau da piscina tratada.

Só espero que eu não tenha que ligar para a vigilância sanitária porque ele resolveu desligar a bomba para não gastar energia elétrica.

E, faz tempo que não escrevo isso: é por isso que o pior do Brasil é o brasileiro.